1925-2024 Aos 99 anos, o escritor e exímio contista brasileiro morreu na segunda-feira em Curitiba, onde nasceu e cresceu, e onde vivia numa espécie de reclusão voluntária, evitando os contactos com a imprensa — não dava entrevistas desde 1972. Formado em Direito pela Universidade Federal do Paraná, chegou a ser advogado, mas o seu envolvimento com a escrita e a literatura foi precoce, publicando contos em folhetos e participando, juntamente com outros autores da sua geração, como António Cândido ou Carlos Drummond de Andrade, na revista “Joaquim”. O primeiro livro dele, “Novelas Nada Exemplares”, data de 1959 e arrebatou o prestigiado prémio Jabuti. Entre os seus livros mais conhecidos estão “O Vampiro de Curitiba”, de 1965 (que lhe valeu a alcunha, tão avesso era à exposição pública), “A Guerra Conjugal”, “O Pássaro de Cinco Asas”, “Cemitério de Elefantes”, “Crimes de Paixão” ou “A Polaquinha”. Muitas destas obras estão publicadas em Portugal pela Relógio D’Água. Em 2003 foi Prémio Portugal Telecom de Literatura ao lado de Bernardo Carvalho e em 2012 foi-lhe atribuído o Prémio Camões e o Prémio Machado de Assis, da Academia Brasileira das Letras.
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