1966-2024 Com capacidade para 300 camas, nasceu em Kinshasa, na República Democrática do Congo, em 2007, o Hospital Biamba Marie Mutombo. Dikembe, filho da terra, contribuiu com 15 dos 29 milhões de dólares que permitiram concretizar o projeto que batizou com o nome da sua mãe, que morreu em casa, sem acesso a cuidados de saúde, após sofrer um AVC. Em 2022 a infraestrutura já tinha ajudado mais de um milhão de pacientes. A carreira de basquetebolista ficou em dívida para com ele. Nunca se sagrou campeão da NBA durante os 18 anos em que esteve na liga. Tornou-se icónico por abanar o dedo indicador, proporcional à sua altura (2,18 m), sempre que desarmava um lançamento. Era essa a razão pela qual Michael Jordan tanto salivava com o desejo de afundar por cima daquela montanha. Mutombo foi quatro vezes Defensor do Ano e oito vezes All-Star, um currículo enorme mas incomparavelmente inferior à sensibilidade humana. Em 2020 investiu quatro milhões de dólares numa escola para 420 alunos, em Tshibombo. Após terminar a carreira, tornou-se no primeiro embaixador global da NBA e incentivou o desenvolvimento do jogo em especial no continente africano. Dia 30, de cancro no cérebro. Francisco Martins
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