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Obituário

Catherine Ribeiro

Por Lia Pereira

1941-2024 Nasceu em Lyon, França, filha de portugueses: o pai era latoeiro e a mãe, apesar de analfabeta, deu-lhe a conhecer o fado, cuja melancolia a conquistou. “Sou triste por natureza. Amo a vida, mas sou triste”, disse a cantora à revista “Plateia” quando, em 1967, passou por Portugal e visitou uma casa de fados. “Achei o fado extraordinário, mesmo sem compreender uma palavra de português.” Foi em França que desenvolveu a sua carreira na música e também no cinema: tendo estudado representação, participou, em 1963, em “Les Carabiniers”, de Jean Luc-Godard, onde desempenhou o papel da mulher de um soldado. Foi na rodagem desse filme que conheceu Patrice Mullet, ator e músico com quem criou uma dupla criativa que assinava como Catherine Ribeiro + Alpes. Bebendo inicialmente da chanson française, viria a abraçar a folk, o rock progressivo e o experimentalismo. Em anos recentes, a sua obra seria descoberta e louvada pela crítica anglo-saxónica e por artistas como Kim Gordon, dos Sonic Youth. “Livre e libertária”, como se definia, aos 82 anos.

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