1942-2024 Oficialmente, iniciou-se no jornalismo aos 20 anos, na Rádio Renascença. Mas não foi bem assim. O próprio contou, em “Jornalistas Pais e Filhos”, que trabalhou para a mãe, Maria Carlota, na “Crónica Feminina”: “Fiz fotos para entrevistas da mãe — teria uns 16/17 anos — e lembro-me de fotografar entrevistas de Maurice Chevalier, Fernandel, Serge Lifar, Sacha Distel, pelo menos.” A irmã, a atriz Maria do Céu Guerra, também serviu ocasionalmente de modelo fotográfica juvenil. Depois, ao longo da vida, passou por vários jornais (“República”, “O Diário”, “Público”, “Diário Económico”, entre outros) e várias rádios (Telefonia de Lisboa, TSF e Antena 1, por exemplo), com experiências de TV pelo meio. Assinou dez livros e por esses escritos passou muito da sua experiência como militar na Guerra Colonial. Conquistou uma dezena de prémios. De 2017 a 2021 foi provedor dos ouvintes da RDP. “Era firme, sereno, humilde (mesmo perante os miúdos como eu)”, escreveu Luís Paixão Martins. E, na rádio, “dono da voz persuasiva e distintiva que todos procuramos”. Dia 4, de doença não revelada.
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