1948-2024. Compositor e cantor português com uma carreira de mais de 40 anos, gravou 12 álbuns, marcou o pós-25 de Abril e influenciou novas gerações de músicos
Nestes tempos de vigilância do pensamento, dos comportamentos e das palavras, as redes sociais ajudam a orientar pessoas que estão perdidas. Quem não souber o que pensar sobre um determinado assunto tem várias ferramentas à sua disposição. Basta estar numa rede social e observar os comentários sobre certo assunto. Depois é só preciso reproduzir a opinião maioritária para não ser incomodado. Não tem nada que saber e há quem viva vidas inteiras na paz dos cemitérios a fazer o que é esperado e mastigado. Mas um dia o pesadelo acontece. Morre um artista extraordinário e nas redes sociais agitam-se para o fechar numa gaveta, mas o artista não deixa, mesmo depois de morto. Era maçom? Não pode ser. Não era comunista? Não é possível. Cantou nas celebrações dos Descobrimentos? Oh não me digas isso agora! E por que razão se ocupou tanto do amor? O que fazer com esta criatura criativa, séria, tímida, tão amada e fugidia?
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