Luís Almeida

1930-2024 Engenheiro agrónomo, faz parte da história da televisão e dos concursos da RTP, por causa do domínio que exerceu neste tipo de programas, especialmente nos anos 70 e 80. Era conhecido popularmente como o “Papa concursos” — título de que não gostava, talvez por denotar alguma inveja — e celebrizou-se em programas como “1,2,3” ou “Casa Cheia”. Para a história fica uma ocasião em que ganhou mil martelinhos de São João no concurso apresentado por Carlos Cruz. No mesmo concurso ganhou um carro topo de gama, vendeu-o e comprou dois: um para ele e outro para a filha que o acompanhou no programa. Numa entrevista à “Caderneta de Cromos”, programa radiofónico de Nuno Markl, contou que começou a participar em concursos logo no início da vida da estação pública, em 1959, no “Saber ou Sorte”, de Henrique Mendes. Ganhou o melhor prémio: um frigorífico, que lhe deu “muito jeito”, porque “tinha acabado” de se casar. Devia o sucesso a uma cultura geral impecável e a uma enorme capacidade de estudo numa altura em que ainda não havia internet nem pesquisas rápidas. Por regra, só participava em concursos de cultura geral. Na altura, as participações eram feitas por sorteio de uns cupões que saíam em revistas e jornais. “Eu comprava muitas e os meus colegas ajudavam-me a mandar os cupões.” Era assim que conseguia participar. Dia 21, de AVC.