1936-2024 Aclamada documentarista e cineasta, juntou trabalho e família ao longo de toda a carreira. A perda do pai, cartunista político para o “Los Angeles Examiner”, quando tinha apenas 10 anos, tê-la-á moldado assim. Nascida a 4 de maio, na Califórnia, viveu para as histórias e foram muitas as que contou e ajudou a contar, com uma perspetiva única sobre o processo de realização cinematográfica. O seu trabalho mais notável mostrou ao mundo a tumultuosa produção de “Apocalypse Now”, realizado pelo marido Francis Ford Coppola — que conheceu no set de “Dementia 13”, em 1962, e com quem teve três filhos. Na verdade, Gian-Carlo, Roman e Sofia já eram nascidos quando os pais viveram a maior das aventuras. Foram para as Filipinas, onde Marlon Brando e Martin Sheen viriam a protagonizar o filme que fixou para sempre a Guerra do Vietname. Francis realizou o filme, Eleanor tratou do documentário. “O Apocalipse de Um Cineasta” (conhecido como “Hearts of Darkness”) valeu-lhe mesmo o Emmy, mas o seu olhar sobre os projetos familiares não se esgotou aí. Procurou sempre valorizá-los e os bastidores de “Marie Antoinette”, realizado pela sua filha Sofia Coppola, também tiveram direito a um tratamento documental com a sua assinatura. Já na ficção, as longas-metragens “Paris Pode Esperar” e “Todas as Formas de Amor” são os títulos mais conhecidos. Dia 12,, na sua casa em Napa Valley. J.M.S.
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