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Obstetrícia: triagem telefónica de grávidas diminuiu idas às urgências em 28%

Obstetrícia: triagem telefónica de grávidas diminuiu idas às urgências em 28%
Pedro Nunes

No dia de Natal, cinco blocos de parto estiveram fechados, mais três do que em 2023, e outros oito tiveram condicionamentos. Houve médicos obstetras prestadores de serviços a serem pagos a mais de €100 à hora na época natalícia para que algumas urgências não fechassem

Obstetrícia: triagem telefónica de grávidas diminuiu idas às urgências em 28%

Joana Ascensão

Jornalista

Dez dias depois de alguns hospitais terem iniciado a triagem telefónica de grávidas, o período natalício foi o primeiro grande teste do projeto-piloto que abrange unidades da região de Lisboa e Vale do Tejo e de Leiria. Alberto Caldas Afonso, presidente da comissão criada para estudar a reorganização das urgências obstétricas, assume a dificuldade da tarefa e diz que “o que se herdou é algo pesadíssimo”.

“Temos cerca de 730 obstetras no Serviço Nacional de Saúde (SNS) e cerca de 33% têm idade que lhes permite deixar de fazer urgências. Ao mesmo tempo, há 34 serviços de urgências obstétrica abertos, a maioria a dependerem de médicos prestadores de serviços”, contextualiza o responsável.

Ao Expresso, Caldas Afonso adianta que nestes dias já foi possível observar uma redução de 28% de entradas nas urgências, só pelo facto de as mulheres terem de ligar para a linha SNS Grávida antes de se dirigirem a uma urgência. Na maternidade de que é diretor, o Centro Materno-Infantil do Norte (CMIN), no Porto, que já antes do projeto piloto da triagem telefónica a grávidas marcava consultas no próprio hospital aos casos não urgentes, a redução foi de 50%.

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