Mercados recuperam depois do choque da subida da extrema-direita nas eleições europeias

As Bolsas da União Europeia saíram do vermelho na quarta-feira, depois de quebras de perto de 2% na segunda e terça-feira provocadas pelo choque da vitória da extrema-direita em França e da subida ao segundo lugar na Alemanha nas eleições para o Parlamento Europeu, no domingo. O facto político da semana foi a abertura de uma crise política em França que obrigou o Presidente, Emmanuel Macron (na foto), a convocar eleições legislativas antecipadas para 30 de junho. O índice CAC 40 da Bolsa de Paris perdeu 2,7% em dois dias. Em Lisboa, o impacto foi ligeiro na segunda-feira, mas ampliou-se no dia seguinte, com uma quebra de 1,4% no PSI. No mercado da dívida pública, os juros a 10 anos subiram no dia seguinte às eleições, mas acabaram por estabilizar em níveis mais baixos, fechando na quarta-feira em 3,17% para as obrigações portuguesas e 3,16% para as obrigações francesas. O facto relevante foi a aproximação do custo de financiamento das duas dívidas. Partindo com uma diferença de 11 pontos-base no dia 7 de junho, o prémio encurtou-se para apenas 1 ponto-base a 12 de junho. Os investidores temem uma derrapagem orçamental em França no caso de uma coabitação entre Macron e um Governo liderado pela União Nacional, de Marine Le Pen.
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