Nenhum museu português possui um aquamanil de prata do século XVII. A peça corre o risco de sair do país
A extinta Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) deixou caducar o prazo do processo de classificação de um aquamanil “Caquesseitão”, que agora vai a leilão na próxima terça-feira, podendo ser vendido para fora do país. Os historiadores dizem que não são conhecidos no mundo nem 10 objetos como este: representa uma ave fantástica, recoberta por escamas, com cabeça de dragão, utilizada para a ablução ritual das mãos. Influenciadas pelos relatos dos viajantes da expansão marítima e encomendadas por famílias aristocráticas portuguesas, são consideradas raras. Esta vai à praça por 80 mil euros, um preço considerado baixo e condicionado pelo processo de classificação como bem de interesse nacional, aberto em 2019 e nunca concluído.
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