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Editorial

O fim da lei internacional

Há razões para temer pelas intenções do Irão. Mas por o Ocidente não cumprir as suas próprias regras

Israel atacou o Irão. Os mísseis, de um lado e do outro, atingem civis e usam o espaço aéreo de outros países da região. Há ameaças de morte nada veladas ao líder supremo do Irão. O Presidente dos EUA prepara tudo para entrar na guerra sem sequer dialogar com o Congresso. E, no meio de tudo isto, nem Trump, nem Netanyahu, nem ninguém no espaço público discute ou mostra respeito pela lei internacional, definida pelo próprio Ocidente — e que durante décadas evitou uma nova guerra de escala mundial. Sim, há dúvidas fundadas e preocupantes sobre se o Irão estará a trabalhar para ter bombas nucleares — há uma semana, o organismo das Nações Unidas que tem o poder de verificar o enriquecimento de urânio deixou claro que já não tinha como assegurar que não havia esse perigo. Também havia no Iraque, em 2023, onde a intervenção de um grupo de aliados, sob comando dos EUA, cometeu um dos maiores erros da política internacional dos últimos anos. Voltámos à selva, portanto. Não é um bom indício para a resolução de conflitos.

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