Portugal é o segundo país da Europa com mais eleições em seis anos. Cabe ao líder derrotado deixaro país seguir em frente
Esta crise começou no sábado em que Luís Montenegro convocou uma conferência de imprensa de surpresa, sem avisar o Presidente da República, para ameaçar a oposição com uma moção de confiança. Ninguém mais carregou no travão e o país seguiu para eleições. Agora, os portugueses farão o seu juízo e decidirão o rumo a seguir. Isto se Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos fizerem no domingo o que não fizeram antes. Quando acabarem de contar os votos, quando subirem aos respetivos palcos para fazer os discursos — um deles de derrota —, um dos líderes terá nas mãos a responsabilidade de deixar o país seguir em frente, viabilizando o programa de Governo de quem vencer. Parece simples, racional, democrático, mas nem Montenegro nem Pedro Nuno Santos quiseram fazê-lo durante a campanha. Aos dois, é importante lembrar que o país estará impossibilitado de fazer novas eleições durante um ano; e Portugal já é o segundo país da Europa com mais eleições nos últimos seis anos. É hora de seguir em frente.
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