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Editorial

O espectro de França por cá

A sondagem das presidenciais prenuncia uma segunda volta sem representantes do PSD e PS

Eis o cenário que resulta da sondagem Expresso/SIC sobre as presidenciais: Gouveia e Melo na frente, André Ventura a disputar uma segunda volta — por agora à frente de Marques Mendes e de qualquer que seja o candidato da área socialista. É certo que os dados qualitativos da sondagem que agora publicamos indiciam que Ventura terá mais dificuldades em chegar à segunda volta do que os seus adversários (a sua taxa de rejeição é tão alta que dificilmente terá muita margem de progressão). É verdade, também, que estamos a um ano das eleições e que, depois do almirante, todos os pré-candidatos estão na margem de erro. Mas a imagem do líder da direita radical num boletim de voto da segunda volta ao lado de Gouveia e Melo traz para Portugal o espectro do que aconteceu em França em 2002, quando Jean-Marie Le Pen surpreendeu todos qualificando-se para a segunda volta das presidenciais contra Jacques Chirac. É previsível que PSD e PS desvalorizem, sim. Mas se sabemos onde estão hoje os descendentes de Le Pen, nada aconselha a olhar para o lado.

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