Luís Montenegro não quer “jornalismo ofegante” e Pedro Nuno Santos quer PS a uma só voz
Com Governo e PS aos encontrões à volta das negociações sobre o Orçamento do Estado para 2025 e com Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos num longo e cansativo duelo tático sobre o que vai acontecer ao documento orçamental, e se vamos ou não entrar em nova crise política, o primeiro-ministro e o líder do maior partido da oposição escorregaram nos últimos dias num outro tema, por coincidência, o mesmo: a liberdade de expressão. Primeiro foi Luís Montenegro, ao apresentar um pacote de medidas de apoio à comunicação social que não se coibiu de querer dar instruções aos jornalistas e à forma como devem fazer o seu trabalho, queixando-se de “jornalismo ofegante”. Seguiu-se, no último fim de semana, Pedro Nuno Santos, a propósito das divisões entre socialistas sobre o OE, a dar a entender que vozes dissonantes não são bem-vindas e que o partido tem de “falar a uma só voz”. O sinal que ambos dão é claramente negativo. Por mais que custe, uma sociedade mais livre e mais plural, com maior liberdade de imprensa e maior liberdade de expressão, é uma sociedade melhor. Há jornalismo ofegante e há comentadores divergentes? Ainda bem.
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