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Cartas

Espírito crítico

É materialmente impossível convencer um benfiquista de que o “justo” é ser-se do Sporting ou do FC Porto. Tal e qual como, encontrando-se em jogo a compreensão dos fenómenos geopolíticos que assolam o mundo passado e o atual, alguém quiser persua­dir outros de que Putin não prossegue a política que adotou só porque é mauzinho de nascença, ainda que o possa ser. Ou quando, em plena pandemia, ousava pôr em causa a bondade das medidas de lockdown quase unanimemente adotadas na Europa, dando o exemplo de outras menos radicais, como as da Suécia, que, sabe-se hoje, registou um menor número de mortes diretamente provocadas pela covid do que Portugal. Quem tentar ou tentou fazer essas coisas é imediatamente rotulado, respetivamente, de ser “mau chefe de família”, pró-Putin e “negacionista”. É o resultado lógico da polarização e do extremar de posições que leva à “ditadura” do pensamento corretamente alinhado com as campanhas e limitações com que nós, no “mundo livre”, somos sistematicamente confrontados. Veja-se agora o caso de Milão, em que se proibiram as pessoas de fumar na rua. Dá para pensar que, paulatinamente, vamos sendo, cada vez mais, encaminhados para um redil totalitário de que não há saída à vista.

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