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Cartas

Uma Terra Santa

O texto de Simon Sebag Montefiore publicado na Revista E, do Expresso, é irrepreensível sob o ponto vista histórico, político, geográfico, humano e religioso — mas aqui falha ao não procurar a raiz do problema, aliás, falha genérica a quem aborda o problema da religiosidade. É que a cons­ciência humana nasceu há 300 mil anos e “nós” só nos fixamos nos séculos em que na “mítica” envolvente do Médio Oriente surge Moisés, a Bíblia, Cristo e, por fim, São Gabriel a Maomé. Esquecemos os quase 300 mil anos durante os quais viveram milhares de milhões de antepassados sem o deus judaico, cristão e muçulmano. A religiosidade oriental não é mais do que a interioridade do pensamento, de dentro para fora, ao contrário da religiosidade endeusada, imposta de fora para dentro, responsável por todos os conflitos que impedem, até hoje, que a Terra Santa seja uma Santa Terra.

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