Duvidando que a perda de muitos milhões de litros de água no Algarve seja devida exclusivamente a propaladas deficiências da rede pública e convencido de que alguns algarvios atentos e algo preocupados irão ler este texto, abordo novamente a questão da disponibilidade e controlo rigoroso da distribuição e consumo de um bem essencial que, em face da rápida diminuição das reservas locais, levará, num futuro não muito distante, a restrições penosas. E isto é extensível a todo o país! É consensual que o lago do Alqueva irá suprir — oxalá que sem demora — as necessidades algarvias em condições que não serão vitalícias, principalmente agora que os espanhóis levarão muita água daquela albufeira, no cumprimento de um contrato que, como é costume, só os beneficiará a eles. Possuindo alguma água própria e vivendo no litoral norte, onde ainda não há falta dela, fui habituado a nunca a desperdiçar. Por isso, e porque me preocupo com Portugal, a Europa e o mundo em geral, permito-me sugerir aos algarvios que se preparem e comecem a exigir dos responsáveis da região que, em vez dos habituais lamentos, se foquem na resolução de problemas que a todos afetam, à semelhança do que é feito para as necessidades da hotelaria.
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