Exclusivo

Cartas

A gestão da água

Num texto publicado nesta coluna há algum tempo, no qual abordei a velha questão da ocupação ilegal de Olivença feita pela Espanha desde 1801, terminei pedindo ao nosso governo muita firmeza para tratar esse assunto, porque se perspetivava uma tentativa espanhola de obtenção de água de Alqueva — eles acabariam por alegar que têm direito a ela e sugeri que, para haver prováveis negociações, fosse exigida a prévia devolução de Olivença. Parece que se confirma o que eu previ, exceto na tal devolução que Espanha não está interessada em equacionar, acostumada que está a considerar-se senhora de toda a Península Ibérica e lá vão ‘sacando’ muita água no Poceirão a custo zero. Sendo esta um bem cada vez mais escasso no nosso Sul, é óbvio que a água de Alqueva será o recurso adequado para suprir as carências básicas do Algarve, e acho sensata a decisão de aliviar agora as restrições que vigoravam. É essencial que não seja descurada a vigilância da evolução da relação das reservas com o consumo e não posso deixar de referir a estafada afirmação de haver perdas elevadas devido a deficiências da rede algarvia quando, o mais provável, é haver sim, muitas ligações clandestinas.

Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para continuar a ler

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate