Ciumentas perante a expressiva imagem que o país deu dos seus sentimentos quanto à memória, vivida ou relatada, do 25 de Abril libertador, algumas almas insatisfeitas não param de falar sobre a necessidade “imperiosa” de comemorar o 25 de Novembro. Estão no seu direito. Se quiserem mais datas de comemoração de factos fraturantes, até posso lembrar o 11 de Março, data que, certamente, não lhes vai agradar, mas que, parece-me, os beneficiou ao precipitar o tão “desejado” 25 de Novembro. Vejo até grande utilidade na comemoração que exigem, já em 2024, ou, se tiverem um bocadinho de paciência, no ano que vem, atendendo ao cinquentenário. Será da maneira que, acompanhando a opinião de Pacheco Pereira no “Público”, teremos um padrão de comparação da importância da manifestação “popular” face à genuína e desinteressada adesão que se sentiu nas comemorações da semana passada. Ou me engano muito ou vão ter de suar (inutilmente) as estopinhas para morder os calcanhares da exuberante popularidade que se viu.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt