A nova taxa ambiental, que resulta de uma diretiva europeia, imputa novos custos aos produtores. Indústria alerta para subida de preços
SIM A nova Diretiva das Águas Residuais Urbanas (DARU) veio introduzir regras ambiciosas para remover micropoluentes das águas residuais, promover a economia circular, reutilizar água e alcançar a neutralidade energética. Um dos seus pilares é o regime de Responsabilidade Alargada do Produtor (RAP), que aplica o princípio do poluidor-pagador, pretendendo que as indústrias farmacêutica e cosmética suportem pelo menos 80% dos custos associados ao tratamento necessário à remoção dos micropoluentes. Esta é uma medida essencial para proteger a saúde pública, os recursos hídricos, o oceano e a sustentabilidade dos sistemas de saneamento. Basta olhar para os dados: 92% da carga tóxica nas águas residuais urbanas estão associados a resíduos farmacêuticos e de cosméticos, o que contribui para uma crescente resistência antimicrobiana, dificultando o tratamento de infeções, que a nível europeu são responsáveis por mais de 35 mil mortes todos os anos.
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