No seu texto no Expresso, “A conspiração dos estúpidos”, Luís Pedro Nunes escreveu que poderemos estar todos a ficar “mais burros”. Não acredito haver diminuição das capacidades cognitivas, pelo contrário. A proliferação de guerras e o comportamento de Estados e sociedades, consideradas evoluídas, rompendo com princípios éticos, morais e de boa coexistência humana, são assustadores. Onde permanece a inteligência humana sabendo que o Homo sapiens, desde o seu aparecimento, cresceu nas suas capacidades cognitivas, a avaliar pela evolução do QI médio, da sua capacidade criativa e no desenvolvimento de raciocínio complexo? O tema é muitas vezes remetido para disciplinas da psicologia de massas, sociológicas e até teológicas. Em contrassenso, é legítimo pensar que o incremento dos meios colocados à nossa disposição, tecnológicos, científicos e de informação, associado ao aumento da capacidade de raciocínio lógico estruturado, poderá provocar a rutura do equilíbrio da existência humana.
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