1944-2025 Guarda-redes argentino, teve uma carreira de longevidade invulgar. Famoso pelo estilo extrovertido e controverso, o que lhe valeu a alcunha de “El Loco”, estreou-se na primeira divisão com 17 anos, em 1962, e jogaria até 1988. Começou no Atlanta, passou por River Plate, Gimnasia e Unión de Santa Fe, mas tornou-se lendário no Boca Juniors. No clube de Buenos Aires disputou 417 encontros e foi campeão argentino, sul-americano e intercontinental. Recordista de partidas realizadas no campeonato argentino (817) e de penáltis defendidos (26, em igualdade com outro mítico guardião, “El Pato” Fillol), foi 18 vezes internacional, tendo ido ao Mundial 1966. Precursor na relação com as marcas e a publicidade, distinguia-se por usar sempre fita no cabelo. Foi, também, pioneiro pela facilidade em atuar com os pés fora da baliza. “Eu era um futebolista que tinha a vantagem de usar as mãos, não um guarda-redes”, dizia. De língua afiada, certo dia de 1980 chamou “gordinho” a um miúdo que se destacava no Argentino Juniors. O jovem, chamado Diego Armando Maradona, respondeu marcando-lhe quatro golos. Dia 20, de falência múltipla de órgãos. Pedro Barata
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