Os dois criadores da série já morreram, mas o herói continua vivo em novos livros, nem por isso muito memoráveis
Vou ser franco: deixei de considerar Astérix genial desde a morte de René Goscinny, o argumentista de humor subtil que inventou outro imortal da banda desenhada, Lucky Luke, o cowboy solitário mais rápido do que a própria sombra. No livro “O Domínio dos Deuses”, já com 54 anos, há um par de vinhetas em que aparece uma personagem lusitana sem nome. É baixo, narigudo e tem um bigode farto. Enquanto os outros escravos cantam e festejam em grande algazarra, ele diz a um centurião: “Bom, eu não sei cantar, mas posso recitar-lhes qualquer coisa.” A alma portuguesa numa frase.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: RGustavo@expresso.impresa.pt
Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate