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“O elevador social funcionou na minha geração”

“O elevador social funcionou na minha geração”
Nuno Fox

Clara de Sousa é a convidada de Conceição Lino na estreia do “Geração 60”, o podcast que dá voz aos que nasceram na última década de ditadura em Portugal e cresceram em liberdade

O plano era ser professora, mas a vida encarregou-se de a levar para o jornalismo. Clara de Sousa cresceu numa casa “bastante politizada”, onde a televisão estava sempre ligada. “Lembro-me que tinha 6 anos e estava sozinha na sala a ver o debate entre o Cunhal e o Mário Soares. Foi um debate fantástico”, conta. Desde criança, aprendeu o valor do trabalho — os pais saíam de casa cedo e voltavam tarde, à noite — e por isso a pivô do “Jornal da Noite” da SIC nunca teve receio de pôr as mãos na massa. Aos 9 anos já cozinhava para toda a família e ajudava no que podia. Foi assim ao longo da vida, a mãe morreu cedo, mas do pai foi cuidadora até ao fim: “Eu sei que há situações muito complicadas, mas no caso do meu pai não era tão complicado e, portanto, era sempre um prazer estar a cuidar dele. Esteve sempre bem-disposto mesmo até ao fim.” E acrescenta: “Hoje preferia mil vezes estar ainda a cuidar dele, mesmo que estivesse já mais incapacitado, do que não o ter aqui.”

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