Antes ninguém queria licenciar conteúdo à Netflix, mas isso mudou: “Lost”, “Prison Break” ou “Mad Men” já estão disponíveis
O tempo não volta para trás, mas as séries sim. De uma assentada, a Netflix colocou no seu catálogo três séries que se inscreveram na chamada segunda era dourada da televisão, começada nos anos 90 por “Os Sopranos” e que está agora a desaparecer. Essa era foi constituída por inúmeros episódios e temporadas marcantes, histórias e atores que viviam além da narrativa e uma espera semanal religiosa por parte do público pelo próximo capítulo. “Mad Men”, “Lost” e agora “Prison Break”, seguindo o rastro de outros que foram subindo até aos tops, como “Friends” ou “The Office”, estão a fazer crer que a nostalgia também rende muito dinheiro no pequeno ecrã. Com uma greve de guionistas e atores nos Estados Unidos da América que parou várias produções o ano passado e potenciou o conservadorismo de quem manda no streaming e nos grandes estúdios de Hollywood, só há uma solução: olhar para o passado. A geração Z, vista como uma das mais ansiosas, tornou-se num trunfo importante para revitalizar o binge watching de séries com muitas temporadas e dezenas de episódios, prática que também está a desaparecer. O conforto de outros tempos vale ouro, diminuindo o “risco” de não se gostar.
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