Máximos históricos no valor das casas transacionadas e número de avaliações bancárias no ano passado
2024 foi um ano marcado por um “aumento generalizado” no mercado imobiliário português
2024 foi um ano marcado por um “aumento generalizado” no mercado imobiliário português
O ano passado foi, no que respeita à construção e à habitação, um período de “crescimento generalizado”, quer dos valores a desembolsar pelo arrendamento e compra de casas, quer dos indicadores relativos ao licenciamento, conclusão, transação e arrendamento de imóveis.
Os dados são do balanço consolidado do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgado esta sexta-feira, e mostram que 2024 foi também um ano de máximos históricos no que respeita ao valor das casas transacionadas e ao número de avaliações bancárias no âmbito de pedidos de crédito à habitação.
As transações de habitação totalizaram no ano passado €33,8 mil milhões, o valor mais elevado desde 2009, ano de início da série do gabinete estatístico, verificando-se um aumento de 20,8% face ao ano anterior. Também o número de transações de alojamentos aumentou, em 2024, 14,5% relativamente a 2023.
Já as avaliações bancárias realizadas no âmbito da concessão de crédito à habitação, que são também o maior registo desde 2009, cresceram 32,1% face a 2023. Realizaram-se, no ano passado, cerca de 140 mil avaliações bancárias.
Em 2024, preços e rendas aumentaram em proporções semelhantes, ainda que ligeiramente mais nos casos de contratos de alojamento.
De acordo com o INE, no ano passado os preços medianos de alojamentos familiares aumentaram 10,3% relativamente ao ano anterior, alcançando o valor mediano de €1777 por metro quadrado (m2).
As rendas registaram um aumento homólogo de 10,5% no valor mediano que foi de €7,97 por m2, em 2024, com o número de novos contratos celebrados a aumentarem 4,3% face ao ano anterior.
Tanto o preço mediano da habitação como o valor das rendas se mantiveram acima do valor nacional nas sub-regiões da Grande Lisboa, Algarve, Região Autónoma da Madeira, Península de Setúbal e Área Metropolitana do Porto.
Em termos de licenciamento de edifícios, o crescimento do ano passado contrariou a diminuição homóloga verificada em 2023 (-6,9%). Em 2024, foram licenciados, em Portugal, 25.470 edifícios, mais 7,2% do que em 2023.
Também os fogos licenciados registaram um aumento de 5,4%. Estes foram, no mesmo período, 41.851, dos quais cerca de 82,76% representaram construções novas para habitação familiar, que cresceram também, em 4,7%, face a 2023.
Estima-se ainda que em 2024 tenham sido concluídos mais 1,6% edifícios e mais 6,8% fogos do que no ano anterior, com obras finalizadas em 17.380 edifícios e em 28.494 fogos no país.
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