
Carreira. Empresas exigem mais a trabalhadores leais do que aos menos comprometidos. E isso não se vê no salário
Carreira. Empresas exigem mais a trabalhadores leais do que aos menos comprometidos. E isso não se vê no salário
Jornalista
Ter trabalhadores leais, que vestem a camisola e que se entregam por completo à empresa, é uma ambição de qualquer empregador. E durante anos a visão dos trabalhadores também era a de que para progredir na carreira e na empresa era fundamental ser um trabalhador dedicado e leal, que diariamente entregava tudo de si à organização. Só assim chegaria o ambicionado reconhecimento e, com ele, a recompensa de uma promoção ou valorização salarial. Os tempos mudaram, a forma de estar no trabalho e a perceção de carreira das novas gerações de trabalhadores é substancialmente diferente da dos seus pais. E sabe-se hoje que ser um trabalhador leal pode não ser necessariamente bom, nem vantajoso para progredir na carreira. Estudos mostram que a lealdade à empresa é uma faca de dois gumes, já que os empregadores tendem a exigir mais de trabalhadores dedicados do que exigem de colegas menos comprometidos. Por outro lado, também tendem a direcionar as suas estratégias de retenção, como a progressão na carreira ou aumentos salariais, para trabalhadores que sentem que podem abandonar a empresa, deixando para segundo plano os mais leais.
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