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50 anos do 25 de Abril

A guerra acabou, as feridas continuam abertas

Sala de fisioterapia da Associação dos Deficientes das Forças Armadas, no Lumiar, em Lisboa
Sala de fisioterapia da Associação dos Deficientes das Forças Armadas, no Lumiar, em Lisboa

A Guerra Colonial acabou há 50 anos, mas há homens e mulheres que ainda sofrem as consequências deste conflito que tirou a vida a 50 mil civis e militares dos dois lados beligerantes. Contamos-lhe a história de dois homens que se apaixonaram pelas futuras mulheres numa cama de hospital e de um genial basquetebolista que lutou pelos direitos de 16 mil militares deficientes

A guerra é uma tatuagem azul que se infiltra na pele e que camuflou, para sempre, o rosto assimétrico de Cândido Patuleia Mendes, um olho vazado, o outro operado e reoperado na esperança de que as entranhas feridas não rejeitem algum dos múltiplos transplantes de córnea: “Fui ferido a 23 de maio de 1970, sete meses depois de ter chegado a Angola a bordo do navio ‘Império’. Podia ter ouvido o meu pai, que estava emigrado lá fora e que me disse para ir ter com ele, e escapado à tropa, mas não fui porque não quis deixar a minha mãe sozinha no Bombarral.”

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