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Cidade líquida: canais secretos da Bienal de Veneza

No Arsennale os néons suspensos e reflectidos sobre as águas da laguna, de Claire Fontaine, um colectivo ítalo-inglês, em que o tema da bienal, “Strangiere Ovunque”, é escrito em várias línguas
No Arsennale os néons suspensos e reflectidos sobre as águas da laguna, de Claire Fontaine, um colectivo ítalo-inglês, em que o tema da bienal, “Strangiere Ovunque”, é escrito em várias línguas

Se o hardware de Veneza e se mantém fixo e quase inalterável — quase —, o seu software, esse está sempre em mutação

Cidade líquida: canais secretos da Bienal de Veneza

Guta Moura Guedes

Especialista em design

Escrevo de Veneza, de onde me sinto parte. Escrevo sentada em frente a uma janela de onde vejo a Praça de San Marco, flutuando na sua proporção perfeita, e de onde observo o ondular desta cidade quase submersa, na qual a água conta tanto quanto a terra, ou mais ainda. O ondular imagino-o, não se vê de facto, mas conheço as formas de Veneza de cor, de tantas vindas cá, em tantas estações do ano, e sei do seu serpentear. Veneza muda menos que as outras cidades, sabemos bem porquê, os anos passam mas o seu perfil intemporal não se altera. Veneza é feita de mar e de laguna, de madeira, de pedra e de som. E de tempo, essa matéria esquiva.

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