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Alguém pode sonhar sem vento? Os vendavais de Merle Oberon

Alguém pode sonhar sem vento? Os vendavais de Merle Oberon

Ao longo de toda a carreira cinematográfica, Merle Oberon manteve-se fiel à mentira inicial, dizendo ser filha de mãe e pai brancos e ter nascido na ilha australiana da Tasmânia. Nascera na Índia, em Bombaim, fruto de uma violação em família. Os vendavais de Merle Oberon são contados numa nova biografia escrita por Mayukh Sen

Alguém pode sonhar sem vento? Os vendavais de Merle Oberon

João Pacheco

Jornalista

BRYN MAWR — WASHINGTON

O que é preciso para uma canção ficar nos ouvidos de multidões? Basta juntar voz e imagem vendáveis? Convém encontrar um refrão redondo e ancorá-lo num tema universal ou que pelo menos toque muita gente naquele momento? Talvez o caminho seja menos simples. Há receitas garantidas que afinal falham de forma inexplicável, enquanto ao lado alguém usa ingredientes inesperados e cria uma canção que muita gente canta no banho ou ao volante. A fama de Kate Bush começou com uma canção que baralhava ódio, amor, pesadelos e sonhos, como a vida de tantos mortais. Faz parte do álbum inaugural “The Kick Inside” (O pontapé por dentro), de 1978. Chama-se ‘Wuthering Heights’ (Monte dos vendavais) e contém versos que nos transportam para cenas de um filme com o mesmo nome, realizado por William Wyler e produzido por Samuel Goldwyn, meses antes do início da II Guerra Mundial. Os amores e desamores de “Monte dos Vendavais” partem de um romance homónimo de Emily Brontë, publicado em 1847 no Reino Unido, sob pseudónimo masculino. No inverno seguinte, a autora morreu de tuberculose.

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