Na Roménia, o ex-prefeito de Bucareste, amparado no combatente à corrupção, foi eleito ao derrotar a extrema-direita. Entre a Ucrânia, Moldova, Bulgária, Sérvia e a Hungria, o europeísmo é o cartão de apresentação do novo chefe de Estado, apaziguando receios em Bruxelas e Kiev
Jornalista
O rapaz de Brasov, na Transilvânia, começa cedo a amealhar reconhecimento internacional nas competições de Matemática. Concluído o curso em Bucareste, ruma a Paris, onde se torna doutor.
O regresso à Roménia é acompanhado pela vontade de mudar o país. E o primeiro passo é na área da educação, com a fundação do movimento Jovens pela Ação Cívica. Não tem o sucesso desejado, mas acaba por criar uma associação de investigadores romenos.
Dois anos antes fundara a Associação Salve Bucareste, em reação à demolição de património e à diminuição de áreas verdes, que estará na origem de um Pacto por Bucareste, assinado por todos os candidatos à câmara municipal.
Decide concorrer à Câmara Municipal de Bucareste, sem o apoio de nenhum partido. Para reunir as necessárias 36 mil assinaturas, usa o Facebook e promove um concerto de 12 horas com músicos pro bono.
Muda o nome da plataforma de Salvar Bucareste para Salvar a Roménia, tornando-se no terceiro maior partido e entrando para a Câmara dos Deputados.
Na sequência de uma polémica sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo, abandona o partido e segue na política como independente.
A relação com Mirabella já gerou dois filhos ao casal. Conquista a liderança da Câmara Municipal de Bucareste, vencendo a então autarca, com um apoio multipartidário, embora se apresente como um candidato independente.
Após a anulação das eleições presidenciais de 2024 devido à intromissão russa, concorre à liderança da Roménia e vence o candidato da extrema-direita, George Simion, à segunda volta. Na noite da vitória, pede “esperança e paciência”.
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