
A primavera oferece dias quentes e serões prolongados, mas também traz (cada vez mais) pólen no ar. O agravamento das alergias é das consequências mais sérias das alterações climáticas para a saúde
A primavera oferece dias quentes e serões prolongados, mas também traz (cada vez mais) pólen no ar. O agravamento das alergias é das consequências mais sérias das alterações climáticas para a saúde
Jornalista/Coordenador-Geral de Infografia
Ilustrador
Quando chega o calor, milhões de minúsculos grãos de pólen são libertados para a atmosfera com a missão de fecundar flores e dar origem a frutos e sementes. Há um preço a pagar pelos humanos por esta abundância: o pólen é alergizante. E cada vez mais, visto que esta componente essencial do ciclo de vida dos seres vegetais é influenciada pelas condições climáticas. Com o aumento da temperatura na Terra, as condições que permitem a floração das plantas antecipam-se, o que faz com que o período de polinização dure mais tempo. Mais pólen no ar, mais alergias — especialmente quando há mais vento, que faz viajar os grãos de pólen por quilómetros, e menos chuva, que faz uma “lavagem da atmosfera” e acalenta a concentração dos grãos no ar. O mês de março foi mais chuvoso do que o normal, o que acabou por atrasar o início habitual da época de polinização e retardar o início dos sintomas para quem sofre de alergias.
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