Nasceu há 37 anos e cresceu num bairro pobre, vendo familiares e amigos sucumbir a uma vida de crime. Quando estava em prisão domiciliária, há 12 anos, começou a fazer música em casa. Este mês, o cantor cigano encheu duas vezes a maior sala de concertos do país, a Meo Arena, em Lisboa
Jornalista
Nasce a 25 de fevereiro de 1988, na Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa. Os pais, que estão juntos desde os 11 anos, dão-lhe o nome de Avelino Abel Vaz Maia.
Cresce na Picheleira, nas Olaias, em Lisboa, por entre histórias de crime e prisão envolvendo os seus familiares mais próximos. Atribui a um programa de reinserção o facto de não ter seguido a mesma via. Aos 16 anos, desiste da escola.
Começa a escrever canções, num registo entre o pop e o flamenco. Um ano depois, um vídeo publicado nas redes sociais, em que surge a cantar e tocar guitarra com uma pulseira eletrónica na perna, torna-se viral. Estava em prisão domiciliária, por se ter envolvido numa rixa.
É jurado do concurso da TVI “All Together Now”, aparecendo, num dos episódios, a cantar com um dos seus filhos. Três anos mais tarde, torna-se mentor do “The Voice Kids”, na RTP.
Depois de lançar vários singles, como ‘Soy Gitano’, chega o primeiro álbum, inicialmente em formato digital e, em 2022, em CD. “Raízes” atinge o galardão de disco de platina.
Revela que Triana Marín, sua companheira, é também uma peça fundamental na gestão da sua carreira. A cidadã espanhola, filha de pai cigano, é mãe de dois filhos de Nininho, que tem três.
O seu filho mais velho, Cristiano, assina aos 17 anos pelo Estrela da Amadora, dando assim seguimento ao sonho do pai, que chegou a pensar ser jogador de futebol. Antes, Cristiano Maia jogara na equipa A do Casa Pia.
Em março, dá dois concertos esgotados na maior sala de espetáculos de Portugal, a Meo Area, em Lisboa, e mostra o seu orgulho por ter partido de uma situação adversa para se tornar um exemplo de sucesso e superação.
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