NICE — PARIS — LONDRES — LEÃO — ZURIQUE
Talvez a história do mundo tenha começado pelo ovo. Também há quem prefira salientar a trabalheira prévia de quem pôs e chocou o dito. Já os antepassados recentes de muitos cidadãos norte-americanos tiveram um passado vivido na Europa. Uns partiram perseguidos, para salvar a vida. Outros queriam melhorar o que punham na mesa dos filhos. Houve quem fosse para estudar, quem tenha atravessado o Atlântico por amor. Outros mudaram-se por motivos e acasos cumulativos, difíceis de resumir. Houve sucessos, falhanços, mistérios. Há costelas europeias em toda a História dos Estados Unidos da América, incluindo na árvore genealógica do novo inquilino da Casa Branca. Silêncio para pensarmos nas primeiras vítimas dos atuais líderes de Washington, numa altura em que talvez estejamos apenas no aquecimento antes do grande espetáculo. Também há mães e pais e avós europeus na biografia de artistas norte-americanos de excelência, como a fotógrafa Vivian Maier (1926-2009), que tinha pai de origem austro-húngara e mãe francesa. Maier terá vivido alguns anos em França, na infância. E é em França que pode agora ser vista uma exposição antológica da sua obra, até 16 de março no Musée de la Photographie Charles Nègre, em Nice. Já em Paris, o Musée de l’Homme tem até 8 de junho a exposição “Migrations, une odyssée humaine” (Migrações, uma odisseia humana).
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