BERLIM — HAMBURGO
Hamburgo, 1943. Procurar corais deixara de ser prioridade científica, com muitos equipamentos de mergulho a serem usados contra objetivos militares. A II Guerra Mundial parecia longe do fim. E a coleção de corais do Naturhistorisches Museum foi destruída em Hamburgo por bombardeamentos aéreos dos Aliados, que combatiam a Alemanha liderada pelo ditador nazi Adolf Hitler. Aquele museu de História Natural tinha sido fundado um século antes, um ano depois de o naturalista britânico Charles Darwin (1809–1882) ter publicado a obra “The Structure and Distribution of Coral Reefs” (A Estrutura e Distribuição de Recifes de Corais). Sim, em 1943, o museu guardava coleções importantes. Mas terá sido por questões de segurança que uma parte foi transferida para estações de metropolitano fora de serviço, quando as cidades alemãs começaram a ser bombardeadas. Salvaram-se todos os exemplares de aves empalhadas. E escaparam também os espécimes conservados em álcool. Pois, aquelas coleções poderiam ajudar a propagar incêndios na cidade.
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