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Oito momentos no percurso de Fumio Kishida, o demissionário primeiro-ministro do Japão

Oito momentos no percurso de Fumio Kishida, o demissionário primeiro-ministro do Japão
Antonio Masiello/Getty Images

Desde cedo que a política e a herança de Hiroxima fazem parte da sua vida. Com vários familiares no serviço público, vai todos os verões a Hiroxima, terra natal da família, crescendo com as histórias dos sobreviventes da bomba atómica. E é em representação dessa cidade que entra, em 1993 e pela primeira vez, na Câmara dos Representantes do Japão. Há três anos na chefia do Governo, anuncia agora a demissão para tentar recuperar a popularidade do Partido Democrático Liberal, minada por escândalos político-financeiros.

1957

Família política

Nasce em Tóquio. O pai e o avô são políticos e membros da Câmara dos Representantes do Japão e o ex-ministro da Economia, Comércio e Indústria Yoichi Miyazawa é seu primo. Visita Hiroxima, terra da sua família, todos os verões, crescendo a ouvir histórias dos sobreviventes da bomba atómica.


1982

Direito

Após várias tentativas (falhadas) de ingressar na Universidade de Tóquio, licencia-se em Direito pela Universidade de Waseda. Antes disso, chegou a frequentar parte do ensino básico em Nova Iorque, numa altura em que o seu pai trabalhava nos EUA.


1993

1º distrito de Hiroxima

Começa a sua carreira na área financeira, mas torna-se membro do Partido Democrático Liberal (PDL), sendo eleito para a Câmara dos Representantes nas eleições legislativas de 1993, em representação do 1º distrito de Hiroxima. Cinco anos antes, casa-se com Yuko Kishida, filha de um investidor imobiliário, com a qual terá três filhos.


2012

Negócios Estrangeiros

Depois de ter desempenhado vários cargos ministeriais, é nomeado ministro dos Negócios Estrangeiros no gabinete de Shinzõ Abe, tornando-se o ministro que mais anos permaneceu nessa pasta na história do pós-guerra.


2017

Um passo para a liderança

Sai do Governo para assumir a presidência do Conselho de Pesquisa de Políticas do PDL, visto como uma plataforma para a liderança do partido.


2021

Primeiro-ministro

Depois do anúncio da demissão do primeiro-ministro Yoshide Suga, candidata-se à liderança do partido, vencendo as primárias do PDL e tomando posse como primeiro-ministro a 4 de outubro. No mesmo dia, comunica ao país que vai convocar eleições legislativas a 31 de outubro. Na sequência das mesmas, mantém-se como primeiro-ministro, embora o PDL tenha perdido 25 lugares.


2023

Tentativa de homicídio

Quase um ano depois do assassínio de Shinzō Abe, Kishida é alvo de um atentado por parte de um homem de 24 anos, que lhe atira uma bomba improvisada durante a campanha eleitoral no porto de Wakayama, no oeste do Japão. Ryuji Kimura foi detido no local e acusado de tentativa de homicídio.


2024

Demissão

Anuncia que vai abandonar a liderança do partido, o que significará o fim do mandato como primeiro-ministro, para “mostrar ao povo que o PDL está a mudar”. A decisão é tomada na sequência da queda da popularidade do partido e do Governo, enfraquecidos pela inflação e pelos escândalos político-financeiros do PDL.

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