Funcionária pública, a independente de 37 anos é a escolha da coligação de esquerda para liderar o Governo francês. A ser nomeada pelo Presidente da República, a diretora de Finanças da cidade de Paris revogará, como uma das primeiras medidas, a controversa reforma das pensões de Emmanuel Macron
Jornalista
Filha de psicanalistas, nasce na comuna francesa de Caen, na Normandia. Aí vive até aos 18 anos, altura em que se muda para Paris, para estudar no liceu Louis-le-Grand.
Aos 15 anos, trabalha como apanha-bolas no Roland Garros, um dos quatro principais torneios de ténis. Na altura, entrevistada pelo jornal regional “Ouest-France”, mostrava-se orgulhosa por participar no Grand Slam. “O que importa é que eu faça aquilo para que fui escolhida.”
Estuda no Instituto de Estudos Políticos de Paris (Sciences Po), completando aí a licenciatura e um mestrado. Durante a licenciatura, faz um estágio intensivo na Universidade de Fudan, em Xangai, para aprender chinês. Estuda ainda na London School of Economics e na Escola Nacional de Administração.
Filia-se no Partido Socialista francês, onde fica até 2011, sendo próxima de Martine Aubry, então líder do partido. Quatro anos mais tarde, é candidata às eleições regionais na Normandia pela lista do PS, mas garante já não ter hoje qualquer vínculo partidário.
É consultora no departamento de luta contra o branqueamento de capitais e o financiamento do terrorismo do Banco Mundial. Mais tarde, trabalha na Direção-Geral do Tesouro e lidera um departamento do serviço de inteligência financeira francês, Tracfin.
Até 2017, é professora de Economia na universidade Sciences Po. Cinco anos mais tarde, é nomeada, por três anos, professora associada na universidade Paris-Dauphine, sendo corresponsável pela preparação dos estudantes para os exames administrativos de acesso.
Torna-se conselheira económica de Anne Hidalgo na Câmara Municipal de Paris. Três anos depois, é nomeada diretora de Finanças do município de Paris, tornando-se a primeira mulher a assumir o cargo. É cofundadora e porta-voz da associação Os Nossos Serviços Públicos, que pretende o seu reforço.
É anunciada pela coligação de esquerda Nova Frente Popular como candidata a primeira-ministra de França. O Presidente Macron, no entanto, já disse que não nomeará um primeiro-ministro antes do final dos Jogos Olímpicos.
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