Apesar dos hábitos de higiene oral estarem a mudar ao longo de gerações, ainda há um longo caminho a percorrer na valorização da medicina dentária em Portugal. O país é o terceiro da UE em que mais pessoas reportam necessidades não satisfeitas devido ao preço, distância ou listas de espera
Certamente há quem tenha guardado na memória a imagem de um avô ou avó que, para estranheza do neto que o observava, retirava os dentes à noite, antes de se deitar. Depois de lavar as gengivas e limpar a dentadura, colocava-a num copo com água para mantê-la hidratada enquanto dormia. Esta visão que muitos tinham de gerações anteriores tem vindo a tornar-se progressivamente menos comum com a crescente valorização da medicina dentária e a mudança de mentalidade das novas gerações em relação aos cuidados de saúde oral. Hoje, apenas 6% dos portugueses têm falta de todos os dentes e quatro em cada dez portugueses (41%) têm a dentição completa (à exceção dos dentes do siso), mostram os dados do último Barómetro da Saúde Oral, publicado pela Ordem dos Médicos Dentistas (OMD) em 2023. E apesar de quase 60% terem falta de um dente natural, isto é um decréscimo significativo face aos resultados do último barómetro.
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