Trinta anos depois do lançamento do primeiro satélite nacional, Portugal regressa ao Espaço com um nanossatélite que descolou esta semana de uma base da norte-americana SpaceX, de Elon Musk. Destinado a estudar o oceano Atlântico e, em particular, a costa portuguesa, o seu sucesso pode ser mais um passo na história espacial portuguesa.
Jornalista
No mesmo ano em que decorre, em Viena, a Conferência das Nações Unidas sobre a “Utilização Pacífica do Espaço Exterior Atmosférico”, nascem as atividades portuguesas para o espaço exterior.
Em setembro, o PoSat-1, o primeiro satélite português, é lançado para o espaço, a partir da Guiana Francesa, a bordo do voo 59 do foguetão Ariane 4. Representando um investimento de €5 milhões, este microssatélite de 50 quilos é criado com o intuito de durar sete anos.
Portugal começa a participar nas operações das Nações Unidas em Angola e, um ano depois, envia militares para a Bósnia-Herzegovina, para participarem nas operações de manutenção de paz. O PoSat-1 mostra-se útil nestes dois países, sendo utilizado pelos militares portugueses para a transmissão de mensagens.
Portugal faz-se membro de pleno direito da Agência Espacial Europeia, tornando-se o 15º Estado-membro da ESA. Isto impulsiona o desenvolvimento de projetos deste sector com as universidades.
Excedendo o tempo de vida, o PoSat-1 está funcional e com comunicações regulares com a Terra durante 13 anos. Em 2006 deixa de dar sinal e fica à deriva numa órbita descendente, devendo desintegrar-se na atmosfera terrestre perto de 2043.
Dois anos depois da criação do AIR Centre — Centro de Investigação Internacional do Atlântico (rede de colaboração internacional para dar resposta a prioridades locais no oceano Atlântico), é fundada pelo Governo português a Agência Espacial Portuguesa — Portugal Space. Com sede nos Açores, destina-se a fortalecer e a promover a aposta do país no Espaço.
Nasce o projeto Aeros, a partir de um consórcio português liderado pelo centro tecnológico CEiiA e pela empresa Thales Edisoft. Com um investimento de €2,78 milhões, combina investimento público (do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional) e privado.
Pela segunda vez, um satélite português é lançado para o Espaço. Chama-se Aeros, é um nanossatélite de 4,5 quilos e seguiu a bordo de um foguetão Falcon 9, que descolou de uma base da empresa SpaceX, de Elon Musk, nos Estados Unidos, para estudar o oceano Atlântico, em especial a costa nacional.
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