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Globalização do tráfico de droga acelera, Portugal aumenta número de apreensões

Globalização do tráfico de droga acelera, Portugal aumenta número de apreensões
Cristiano Salgado

As apreensões de droga em Portugal estão a aumentar em 2022, indicam dados da PJ. A cocaína destaca-se: o seu mercado está a crescer rapidamente a nível mundial, exigindo mais cooperação internacional entre as autoridades

Globalização do tráfico de droga acelera, Portugal aumenta número de apreensões

Tiago Soares

Jornalista

Globalização do tráfico de droga acelera, Portugal aumenta número de apreensões

Carlos Esteves

Jornalista infográfico

Até 31 de agosto deste ano, as forças de segurança portuguesas levaram a cabo 3508 apreensões de estupefacientes: é o número mais alto dos últimos seis anos, sendo preciso recuar até 2016 para encontrar um maior número de ações policiais de combate ao tráfico de droga em Portugal (6823). Nestes números, partilhados com o Expresso pela Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes (UNCTE), da Polícia Judiciária (PJ), estão contempladas as quatro principais drogas presentes no território nacional — canábis, cocaína, heroína e ecstasy — e em praticamente todas elas o número de apreensões em 2022 já é maior do que em todos os anos que se seguiram a 2016. A única exceção é o ecstasy (ou MDMA), que este ano motivou 186 ações policiais — apenas menos uma do que em 2018, sendo assim expectável que esse número seja ultrapassado até ao final do ano.

De forma geral, as quantidades apreendidas pela polícia também aumentaram em 2022. Já foram apreendidos 63,47 quilos de heroína, um aumento de 64% em relação ao ano passado; e quase 18 mil unidades de ecstasy (comprimidos), mais 59% do que em 2021. Só a canábis (marijuana), que registou um decréscimo em relação aos anos da pandemia: cerca de 8,6 toneladas até agora, quando no ano passado foram ultrapassadas as 14,82 toneladas.

Mas a grande preocupação das autoridades tem sido a cocaína. Até setembro, foram apreendidas em território nacional mais de 15 toneladas, um valor que já superou os registos anuais dos últimos 15 anos. “O principal destaque este ano é o aumento muito significativo das quantidades de cocaína apreendidas. É uma tendência que se verifica em vários países europeus. Cada vez há mais organizações criminosas a dedicarem-se ao tráfico de cocaína, e em quantidades cada vez maiores”, contextualiza Artur Vaz, diretor do UNCTE.

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