18 setembro 2022 8:23

A inflação está de volta e para limitar os seus efeitos na carteira o Governo adotou um leque de medidas, umas mais ortodoxas, outras menos católicas. Mas como comparam com o resto da Europa?
18 setembro 2022 8:23
Quando a inflação nasce, é para todos — em Portugal e na Europa. Mas as ajudas do Estado não. Este “imposto escondido” mina os rendimentos dos cidadãos: tendo em conta o impacto da inflação, as remunerações brutas mensais médias dos trabalhadores caíram 4,6% no segundo trimestre face a 2021, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE). É, neste momento, uma das maiores ameaças à estabilidade das economias e das sociedades dos países por ela afetados. E os países europeus estão a despender muito dinheiro para evitar um agravamento pronunciado das condições de vida.
Portugal não foi exceção, com o pacote de medidas “Famílias Primeiro”, apresentado pelo primeiro-ministro, António Costa, na segunda-feira da semana passada. Ficaram, consoante as expectativas, aquém ou além do esperado. De acordo com a estimativa do Governo, a despesa estimada para 2022 em medidas de mitigação do impacto da subida dos preços no bolso dos contribuintes é de 4,1 mil milhões de euros, ou cerca de 1,9% do produto interno bruto.