Xangai, 1987. A política económica da China está em processo de mudança e o império das formigas azuis de Mao em vias de se transformar na força laboral do mundo. A espartana ideologia maoista perdeu, na marcha da História. Sob a liderança de Deng Xiaoping, a partir de 1992 enriquecer passa a ser glorioso. A febre do dinheiro, nos jogos da bolsa e no comércio externo, instala-se. Ah Bao é apenas um jovem ambicioso a querer vingar no mundo dos negócios. Quando “Blossoms Shanghai” começa, estamos em 1993, e sabemos que ele, em poucos anos, conseguiu. Mas, logo ali, um ato violento lança-o para um lugar de onde se pode não ter retorno. Nada está garantido a quem navega os mercados da finança. Nada, nem a fortuna, nem a estonteante noite de néones dos lugares onde os negócios se fecham, com a beleza das mulheres como enquadramento e sopa de tartaruga como iguaria. Tudo é efémero, transitório, pelicular. E não há, propriamente, regras na concorrência para chegar ao topo. Nem redes que protejam, nas quedas.
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