
Famoso romance de Marguerite Duras, “Uma Barragem Contra o Pacífico” é, enquanto peça de teatro, um conjunto de histórias ligadas pela violência dos regimes coloniais. Em Almada, até 6 de abril
Famoso romance de Marguerite Duras, “Uma Barragem Contra o Pacífico” é, enquanto peça de teatro, um conjunto de histórias ligadas pela violência dos regimes coloniais. Em Almada, até 6 de abril
O tempo é cerca de 1930; o lugar é a Indochina Francesa; o regime é colonial. Uma mulher, viúva, vive com os dois filhos, Joseph e Suzanne, num bungalow perto mar. Comprou a concessão do terreno onde está a casa, 100 hectares, todos os anos invadidos pelas marés vivas. A mãe foi professora, trabalhou anos como pianista num cinema, investiu todo o dinheiro amealhado naquele terreno. Foi uma fraude: a mãe não pagou o suborno habitual à administração colonial e, para tentar remediar o mal, decidiu construir barragens, diques para suster as águas do mar. Previsivelmente, as construções não resultam. A mãe insiste, durante anos emprega centenas de trabalhadores, mas o resultado é sempre o mesmo. Tenta, por fim, que lhe seja concedida a concessão vitalícia dos cinco hectares junto da casa, a terra mais seca. Mesmo isso, no final, não acontece.
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