Uma mulher exige justiça. É Hécuba, personagem da tragédia grega de Eurípedes. Uma mulher exige justiça. É Nádia, uma atriz que ensaia “Hécuba”, a tragédia grega de Eurípedes, que é mãe de um filho autista, vítima de abusos, e que exige justiça. As duas vão-se cruzando na história uma da outra, numa escrita teatral que Tiago Rodrigues define como sendo “nas entrelinhas ou ao lado de textos clássicos ou canónicos do teatro”. “Hécuba, não Hécuba”, a última peça do encenador, chega a Lisboa, depois de se estrear em julho passado no Festival d’Avignon, de que é diretor. Marca também uma outra estreia, a da colaboração de Tiago Rodrigues com a Comédie-Française.
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