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Teatro & Dança

Teatro: “A Médica” que não prescreve receitas mas faz pensar

Peça de Arthur Schnitzler retomada por Robert Icke, aqui numa encenação de Ricardo Neves-Neves. Custódia Gallego é a médica
Peça de Arthur Schnitzler retomada por Robert Icke, aqui numa encenação de Ricardo Neves-Neves. Custódia Gallego é a médica
Alípio Padilha

“A Médica”, de Robert Icke, mostra problemas, coisas complicadas. No Teatro da Trindade, em Lisboa, com encenação de Ricardo Neves-Neves, e interpretações de Adriano Luz, Custódia Gallego e Sandra Faleiro, entre outros

A peça de Robert Icke toma como referência e ponto de partida uma outra peça, “Professor Bernhardi”, do escritor e dramaturgo austríaco Arthur Schnitzler (1862-1931). A peça de Schnitzler passa-se no contexto de uma clínica privada, reputada, de que o professor Bernhardi é o diretor e um dos fundadores. A ação é praticamente contemporânea de Schnitzler e da estreia da peça, que aconteceu em 1912. Uma jovem está a morrer com uma infeção generalizada, na sequência de um aborto autoinfligido, só parcialmente realizado. Foi-lhe administrada uma injeção de cânfora, por isso a jovem está alegre e julga que vai ficar boa. Uma das freiras que trabalham no instituto chamou um Padre, que chega para ministrar a extrema unção à rapariga. O Professor impede a entrada do Padre na enfermaria, para que a jovem não se aperceba de que vai morrer. Discutem. Entretanto, avisada de que o Padre chegara, a jovem entra em histeria e, durante a discussão, morre.

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