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Teatro & Dança

Teatro: “Madrinhas de Guerra”, a escrita como controlo do silêncio no Estado Novo

Keli Freitas queria fazer uma dissertação de mestrado sobre a figura da madrinha de guerra, mas recebeu recusas. Entretanto, escreveu o texto desta peça
Keli Freitas queria fazer uma dissertação de mestrado sobre a figura da madrinha de guerra, mas recebeu recusas. Entretanto, escreveu o texto desta peça
Filipe Ferreira

Keli Freitas conta outras histórias da História de Portugal em “Madrinhas de Guerra”, peça baseada nas cartas de mulheres que se dispunham a consolar os soldados portugueses na guerra colonial. De quinta a domingo no Amphiteatro Chimico do Museu Nacional de História Natural e da Ciência, em Lisboa

“O que fazer com isto?”, pergunta Keli Freitas, no seu novo espetáculo, “Madrinhas de Guerra”. “Isto” é o percurso que fazemos com a artista brasileira de tomada de conhecimento do que foram as “madrinhas de guerra”, com um forte e fundamentado discurso crítico sobre a narrativa oficial da História de Portugal. Um percurso que propõe um outro olhar, não romantizado, sobre a forma como as mulheres jovens foram também instrumentalizadas pela engrenagem bélica do Estado Novo de Salazar para contribuírem para a guerra investida em impedir a libertação dos países colonizados. Ou, “isto, como diz Keli, é “amadrinhar a guerra”.

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