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Livros: T. S. Eliot entre duas guerras, uma celebração

Um carro Humber destruído em Pall Mall, após um ataque aéreo durante o Blitz de Londres, a 15 de Outubro de 1940
Um carro Humber destruído em Pall Mall, após um ataque aéreo durante o Blitz de Londres, a 15 de Outubro de 1940
Central Press/Getty Images

T. S. Eliot em dose dupla, “A Terra Desolada” e “Quatro Quartetos” trazem duas propostas para a tradução de uma poesia de versos memoráveis

T. S. Eliot tem sido amplamente traduzido, por José Palla e Carmo, Maria Amélia Neto, Rui Knopfli, João Almeida Flor, Gualter Cunha, João Paulo Feliciano, Bernardo Pinto de Almeida e outros. As versões distinguem-se umas das outras pelas diferenças habituais: a literalidade ou a latitude, o predomínio do som ou do sentido, ou até a afinidade estética e ‘ideológica’. A poesia de Eliot é notoriamente difícil, em parte por ser modernista e ainda hoje moderna (as descontinuidades, as citações em várias línguas, as referências obscuras, os níveis de linguagem, a componente simbólico-mitológica), mas a tradução enfrenta um desafio quase inultrapassável, o de manter a “música das ideias”: nenhuma ideia, em Eliot, vem desprovida de ritmo e eufonia, mas essa componente musical não serve para impressionar, à Tennyson, mas faz da música a forma natural da ideia.

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