
Com “Lucy”, prosseguimos a descoberta de Jamaica Kincaid, que aqui narra, com desassombro e fluidez, a entrada na idade adulta do seu alter ego ficcional
Com “Lucy”, prosseguimos a descoberta de Jamaica Kincaid, que aqui narra, com desassombro e fluidez, a entrada na idade adulta do seu alter ego ficcional
Em “Annie John”, romance de estreia de Jamaica Kincaid (publicado originalmente em 1985, mas no nosso país só em 2024), fomos introduzidos ao universo da infância e adolescência da autora, na ilha de Antígua, onde nasceu em 1949, com os elementos biográficos a serem transfigurados por uma delicadíssima reconstrução ficcional. Esse processo continua, ainda com maior pujança e inteligência narrativa, em “Lucy”, de 1990, um livro que além de contar o que tem para contar (a história de emancipação de uma rapariga de 19 anos, descobrindo-se a si mesma numa terra estranha), o faz inventando a sua própria gramática emocional, a sua forma única de dizer as coisas, de uma leveza lírica que nos impressiona pela sua espantosa fluidez.
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