Exclusivo

Livros

Livros: As mulheres em chamas de Chimamanda Ngozi Adichie

Chimamanda Ngozi Adichie ficciona a história real de Nafissatou Diallo (ao centro), a mulher violada por Dominique Strauss-Kahn num hotel de Nova Iorque, em 2011
Chimamanda Ngozi Adichie ficciona a história real de Nafissatou Diallo (ao centro), a mulher violada por Dominique Strauss-Kahn num hotel de Nova Iorque, em 2011
Alo Ceballos/WireImage/Getty Images

Ao fim de um hiato ficcional de quase 12 anos, Chimamanda Ngozi Adichie regressa com “Inventário de Sonhos”, um livro que cruza as vidas, aspirações e desilusões de quatro mulheres nos EUA, tendo como pano de fundo um célebre escândalo de abuso sexual

Como Chimamanda Ngozi Adichie admite na nota final, os “romances nunca são, realmente, sobre aquilo que são”. Seria fácil olhar para “Inventário de Sonhos”, o seu muito aguardado regresso à narrativa ficcional mais extensa (território que não pisava desde “Americanah”, de 2013), como um livro sobre os “desejos interligados de quatro mulheres” — o que também é, mas não só; ou não principalmente. Além de resposta ao desgosto pela perda da mãe, ocorrida pouco mais de um ano após a morte do pai (a quem dedicou umas delicadas e breves “Notas Sobre o Luto”) e que lhe deixou uma “sensação incontrolável de nudez, uma ânsia e um desejo de voltar atrás no tempo”, este romance cumpre o que a autora entende ser o “objetivo da arte”: observar com atenção o mundo à sua volta, o mundo concreto e real do nosso tempo, para depois tentar interpretá-lo, questioná-lo.

Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para continuar a ler

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: josemariosilva@bibliotecariodebabel.com

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate