
Trazendo para a literatura um assunto que muitos não levavam suficientemente a sério em 1961, o siciliano Leonardo Sciascia conseguiu com “O Dia da Coruja” conciliar o estilo seco dos policiais com o estilo meditativo de uma tragédia regional.
Trazendo para a literatura um assunto que muitos não levavam suficientemente a sério em 1961, o siciliano Leonardo Sciascia conseguiu com “O Dia da Coruja” conciliar o estilo seco dos policiais com o estilo meditativo de uma tragédia regional.
A máfia, qual máfia? Isto vão respondendo ao capitão Bellodi os honestos e os desonestos sicilianos que ele interroga, tentando deslindar um homicídio, e depois outro e outro. Logo na primeira página, um homem que ia subir para o autocarro, em campo aberto, é abatido, sem que se saiba porquê. E a polícia, atónita, verifica que ninguém viu coisa nenhuma: “Não me recordo — disse o revisor —, por alma da minha mãe que não me recordo; neste momento não me lembro de nada, parece-me que estou a sonhar”. Mas quem disparou, perguntam os polícias, ao que as testemunhas dizem: “Alguém disparou?”
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